Para a maioria dos tutores o banho e tosa parece algo simples e seguro, porém quem trabalha com este serviço sabe que não é incomum ocorrerem acidentes ou mesmo mal súbito do animal, especialmente em razão do estresse.
Entretanto, mesmo cientes dos riscos, muitas pet shops ainda não tomam os devidos cuidados de prevenção, bem como não lidam adequadamente com eventuais incidentes.
Devemos lembrar que a responsabilidade das clínicas e pet shops é objetiva, ou seja, para que haja o dever de indenizar o cliente, basta estar comprovado o dano e o nexo causal entre a lesão e a conduta do estabelecimento.
Ainda, há o dever da pet shop informar a seus clientes sobe os possíveis riscos decorrentes da prestação do serviço.
Veja abaixo 06 dicas de como prevenir acidentes e lidar com imprevistos do banho e tosa:
1. Tenha uma ficha de cadastro completa
É importante estar atento às particularidades do pet, como predisposição da raça para algum tipo de problema, alergias, histórico de saúde e comportamento.
Uma ficha de cadastro completa, onde conste informações relevantes do animal pode ser essencial para os devidos cuidados durante o banho e tosa.
2. Informe o cliente sobre os riscos do banho e tosa
Especialmente para os casos de animais com alguma questão de saúde, idosos ou de comportamento sabidamente estressado ou ansioso, o tutor deve ser cientificado do risco aumentado durante o banho e tosa.
Não deve ser uma conversa alarmista, apenas a construção de uma relação de confiança entre o tutor e o estabelecimento, onde o primeiro, ciente dos riscos, confia que o segundo dará o melhor tratamento ao seu pet, de forma a minimizar a probabilidade de qualquer incidente.
3. Inspecione o animal antes do banho
Antes de iniciar o banho, é importante inspecionar o animal para verificar se não apresenta lesões ou mesmo parasitas.
Caso algo seja encontrado, o melhor a fazer é registrar e comunicar o cliente, antes de iniciar o serviço. Caso a lesão seja significativa, também é prudente comunicar o veterinário responsável.
4. Ao menor sinal de alerta, chame o veterinário
Muitos incidentes não decorrem de falha no serviço, mas sim da própria reação do animal ao estresse provocado pela situação ou mesmo alergias antes desconhecidas. Entretanto, isso não isenta o estabelecimento de tomar todas as medidas cabíveis para evitar o agravamento da situação.
Sendo assim, ao notar qualquer sinal de alerta, o funcionário deverá suspender o banho ou a tosa e providenciar atendimento veterinário imediatamente.
5. Monitore o serviço e ofereça treinamentos com frequência
De acordo com o CFMV, as pet shops que oferecem banho e tosa devem ter a seu serviço um veterinário devidamente registrado no CRMV de sua região, sendo responsabilidade do Responsável Técnico orientar os funcionários quanto à segurança e bem-estar dos animais durante o banho e tosa, atentando para os devidos cuidados de manejo, práticas sanitárias, técnicas de contenção, etc.
No mesmo sentido, os funcionários devem receber treinamentos e atualizações constantes, bem como o local deve estar sempre em perfeitas condições para prestar o serviço da forma mais segura possível.
6. Em caso de acidente, assuma a responsabilidade!
Como dito, alguns incidentes ocorrem de reação própria do animal à situação do banho, mas, mesmo com todo o cuidado, acidentes também podem ocorrer.
Assim, em caso de qualquer situação indesejada, o estabelecimento deve assumir a responsabilidade, comunicando o tutor e, sendo o caso, providenciando imediatamente atendimento veterinário, responsabilizando-se por todos os custos.
O que irá ser determinante para o desfecho do caso é como o estabelecimento irá lidar com a situação, lembrando que a causa número um para reclamações públicas e demandas judiciais são problemas de relacionamento com o cliente.
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